Acendi um cigarro, enchi uma taça de vinho e me sentei na poltrona da varanda. Busquei um disco antigo, sentindo falta de mim. Deixei vir as dores passadas, sem saber de onde vinham. Sorvi o cigarro inteiro em busca do que deixei pelo caminho. A
melodia me contou uma intensidade que eu já desconhecia. E acordei de um
anestésico de longa duração, como se o tempo em busca da sobrevivência tivesse
me enterrado junto com os que já foram. Zumbi de mim mesma, busquei num espelho
quebrado a imagem do que já fui. No
cinzeiro, catei os restos do que sonhei. Andei apressando o
tempo para não pensar. De novo você, melancolia. Gosto do seus fonemas. Por que fugir de mim mesma se eu me faço boa companhia?
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Tantas lembranças boas. Momentos, pessoas, quereres, uma sensação de vida passando... saudade do que ainda não fomos. O jeito é degustar cada sã momento do agora.
ResponderEliminarTambém sinto falta de mim.
ResponderEliminarÉ importante refletir para tentar entender qual melhor caminho e optar pelo o que nos faz bem. Espero que se reencontre a cada momento de reflexão!
ResponderEliminarUm abraço
www.lucadantas.blogspot.com
Como não se perder de nós mesmos, né? Talvez não deixando aquilo que realmente nos faz tão bem se transformar em cacos espalhados pelo caminho.
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